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Litíase Urinária

Litíase urinária é o termo médico para se referir aos cálculos renais. A chance de uma pessoa ter um cálculo renal é de 12% na vida, ou seja, 1 em cada 8 pessoas vai ter cálculo renal em algum momento da vida. Os homens têm um pouco mais de chances do que as mulheres. É uma doença com alta capacidade de recidivar, pacientes que já tiveram episódios de litíase urinária podem haver recorrência de 50% em 5 a 10 anos e 75% em 20 anos.

Os principais fatores de risco são: raça branco; sexo: predominante em homens; idade predominante: 20 a 40 anos; hábitos alimentares de risco: excesso de carne e sódio; ingestão hídrica: risco em baixa ingestão; clima: regiões montanhosas, desertos e áreas tropicais (meses mais quentes); sedentarismo; associação com obesidade, diabetes mellitus, síndrome metabólica (diminui pH urinário e hipercalciúria).

Imagem Litiase Urinária
Uma pedra nos rins que pode se formar quando níveis elevados de certas substâncias como cálcio, oxalato, cistina ou ácido úrico estão presentes na urina.

Outro fator que pode ajudar na sua formação, mesmo se essas substâncias estão em níveis normais, é quando o indivíduo não está ingerindo líquidos suficientes, o que pode ser percebido se você urina pouco ou se a urina está muito concentrada (amarelada). Essas substâncias se acumulam e formam minúsculos cristais, que ficam ancorados no rim e aumentam gradualmente de tamanho, formando uma pedra. Ela pode permanecer no rim por um tempo, ser eliminada e não causar sintomas.

No entanto algumas podem causar dor, ao bloquearem o fluxo da urina, ou levar a infecção de repetição, necessitando assim, procedimento cirúrgico, em geral minimamente invasivos para removê-las. Vamos conhecer alguns dos mais realizados.

Ureterolitotripsia Flexível

A uretetolitotripsia flexível continua sendo um dos procedimentos mais comumente usados para cálculos renais em todo o mundo, com uma eficácia superior a 90%. Essa intervenção é indicada para os cálculos renais menores que 2 cm ou que obstruíram o ureter na sua porção mais proximal (ou seja, mais alta, próximo do rim). Assim, é introduzida uma pequena câmera via uretral que passa pela bexiga até chegar no cálculo, estando ele no rim ou no ureter proximal. Nessa região, a câmera pode visualizar os cálculos e pulverizá-los através de uma fibra de laser.

Alguns fragmentos podem ser retirados por uma pinça específica, ou caso opte por pulverizar totalmente o cálculo, os micros fragmentos serão eliminados na urina. No geral, esse procedimento tem baixos índices de complicações e o paciente pode receber alta no mesmo dia.

Nefrolitotripsia Percutânea

A nefrolitotripsia percutânea é normalmente reservada para cálculos grandes, complexos ou quando as tentativas terapêuticas pelos outros métodos são malsucedidas, sendo o procedimento de escolha para pacientes com cálculos renais maiores que 20 mm.

Esse procedimento é realizado com o paciente sob anestesia geral e normalmente requer uma internação hospitalar de um a três dias. O procedimento envolve fazer uma punção na região do flanco do paciente até rim que será abordado, seguida de uma dilatação do trajeto e por fim, um endoscópio é passado pela região que irá permitir a visualização e a extração da pedra.

Quando escolhemos essa técnica, em geral estamos tratando de cálculos grandes, portanto na maioria dos casos vamos realizar a tripsia dos cálculos, a laser ou com litotridor ultrassônico. Os riscos podem variar de acordo com o tamanho do cálculo, sua localização e se há infecção local. Assim, as principais complicações podem ser sangramento, infecção e perfuração de órgãos adjacentes como fígado, baço e intestino, por exemplo.

Imagem Dr. Matheus Amaral

Dr. Matheus Amaral

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