Litíase Urinária
Os principais fatores de risco são: raça branco; sexo: predominante em homens; idade predominante: 20 a 40 anos; hábitos alimentares de risco: excesso de carne e sódio; ingestão hídrica: risco em baixa ingestão; clima: regiões montanhosas, desertos e áreas tropicais (meses mais quentes); sedentarismo; associação com obesidade, diabetes mellitus, síndrome metabólica (diminui pH urinário e hipercalciúria).

Outro fator que pode ajudar na sua formação, mesmo se essas substâncias estão em níveis normais, é quando o indivíduo não está ingerindo líquidos suficientes, o que pode ser percebido se você urina pouco ou se a urina está muito concentrada (amarelada). Essas substâncias se acumulam e formam minúsculos cristais, que ficam ancorados no rim e aumentam gradualmente de tamanho, formando uma pedra. Ela pode permanecer no rim por um tempo, ser eliminada e não causar sintomas.
No entanto algumas podem causar dor, ao bloquearem o fluxo da urina, ou levar a infecção de repetição, necessitando assim, procedimento cirúrgico, em geral minimamente invasivos para removê-las. Vamos conhecer alguns dos mais realizados.
Ureterolitotripsia Flexível
A uretetolitotripsia flexível continua sendo um dos procedimentos mais comumente usados para cálculos renais em todo o mundo, com uma eficácia superior a 90%. Essa intervenção é indicada para os cálculos renais menores que 2 cm ou que obstruíram o ureter na sua porção mais proximal (ou seja, mais alta, próximo do rim). Assim, é introduzida uma pequena câmera via uretral que passa pela bexiga até chegar no cálculo, estando ele no rim ou no ureter proximal. Nessa região, a câmera pode visualizar os cálculos e pulverizá-los através de uma fibra de laser.
Alguns fragmentos podem ser retirados por uma pinça específica, ou caso opte por pulverizar totalmente o cálculo, os micros fragmentos serão eliminados na urina. No geral, esse procedimento tem baixos índices de complicações e o paciente pode receber alta no mesmo dia.
Nefrolitotripsia Percutânea
A nefrolitotripsia percutânea é normalmente reservada para cálculos grandes, complexos ou quando as tentativas terapêuticas pelos outros métodos são malsucedidas, sendo o procedimento de escolha para pacientes com cálculos renais maiores que 20 mm.
Esse procedimento é realizado com o paciente sob anestesia geral e normalmente requer uma internação hospitalar de um a três dias. O procedimento envolve fazer uma punção na região do flanco do paciente até rim que será abordado, seguida de uma dilatação do trajeto e por fim, um endoscópio é passado pela região que irá permitir a visualização e a extração da pedra.
Quando escolhemos essa técnica, em geral estamos tratando de cálculos grandes, portanto na maioria dos casos vamos realizar a tripsia dos cálculos, a laser ou com litotridor ultrassônico. Os riscos podem variar de acordo com o tamanho do cálculo, sua localização e se há infecção local. Assim, as principais complicações podem ser sangramento, infecção e perfuração de órgãos adjacentes como fígado, baço e intestino, por exemplo.

Dr. Matheus Amaral
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