Tumor de próstata
Pra expressar de maneira mais clara a alta incidência da doença, um em cada 9 homens será diagnosticado com câncer de próstata durante sua vida. O câncer de próstata ocorre principalmente em homens mais velhos. Seis em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos.

Em resumo é o câncer primário de maior incidência em homens e o segundo de maior mortalidade.
Nos últimos 20 anos, a detecção precoce do câncer de próstata mostrou 90% de chances de cura. Sociedades médicas recomendam que homens a partir dos 50 anos de idade façam o exame de próstata anualmente e, acima dos 45, caso esteja inserido nos fatores de risco.
Frequentemente, o diagnóstico é feito através do exame de toque retal, no qual permite identificar sinais da doença, ou com base em um resultado elevado do antígeno prostático específico (PSA).
Caso haja alteração no PSA ou no toque retal, em geral é solicitado exame de imagem, atualmente a ressonância multiparamétrica de próstata ganhou um importante papel nesse cenário com uma acurácia acima de 90% para detecção de câncer de próstata clinicamente significante, portanto, caso a ressonância aponte uma lesão suspeita é então realizada uma biópsia de próstata para o diagnóstico definitivo.
Com o diagnóstico firmado, serão necessários em alguns casos exames para estadiamento da doença e definição se estamos tratando de um tumor localizado na próstata ou já com metástases a distância (quando a doença já se espalhou). Caso a doença esteja localizada e a condição clínica do paciente permitir, a prostatectomia radical é o procedimento de escolha.
Trata-se de um procedimento que pode ser realizado de forma aberta, laparoscópica ou, ainda, por meio de uma cirurgia robótica, sendo esta última atualmente o procedimento de escolha. O objetivo dessa intervenção é, justamente, retirar por completo a próstata, com mínima lesão de estruturas com íntima relação anatômica com a próstata, com destaque para os feixes vasculonervosos que se localizam ao lado da próstata, bilateralmente, tendo importante relação com a função erétil. Após a retirada da próstata é necessário fazer uma anastomose (uma “conexão”), da bexiga com uretra, através de sutura com fios específicos. As grandes vantagens da via robótica é que ela permite uma recuperação mais rápida do paciente, com alta mais precoce, um melhor controle da dor, menor risco de sangramento e uma melhor cicatrização interna da uretra com a bexiga, reduzindo, assim, os riscos de lesões nessas regiões.

Dr. Matheus Amaral
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